A constante pressão social pela naturalidade e crescente evolução dos materiais restauradores de característica estética fez com que o amálgama dental perdesse espaço para a resina composta na indicação de um material para molares e pré-molares.
Não há dúvida que com o aprimoramento da matriz orgânica, com o avanço das técnicas de polimerização e com o desenvolvimento de sistemas de carga inorgânica otimizada, as propriedades mecânics dos dois materiais praticamente se igualaram. Entretanto, a troca de restauraçõs de amálgaa baseada em informações infundadas como potencialidade tóxica, não é considerada uma atitude ética.
A substituição deve se fundamentar na solicitação do paciente, que deve ser informado sobre as características dos sois materiais que, atualmente, apresentam performance clínica semelhante, principalmente quando o limite cavitário não é excessivo.
Quanto ao aspecto comparativo com o amálgama, em relação às propriedades mecânicas, pode-se dizer que a interação adesiva da resina, em dentina, faz com que a força oclusal compressiva seja bem absorvida, e com isso a resistência à fratura do material seja até superior a do amálgama, muito embora testes mecânicos laboratoriais, demonstrem o contrário.
A resitência ao edsgaste é um fator controverso, já que a avaliação exige comprovação clínica, e como as resinas compostas sofrem constante modificaçõesna sua estrutura por parte dos fabricantes, os estudo clínicos longitudinais torna-se prejudicados. Entretanto existe um otimismo já que as mudanças são feitas com o intuito de otimizar a performance clínica. Pode-se dizer que, quanto ao a resitência ao desgaste, o amálgama ainda apresenta uma ligeira superioridade, mas a curto prazo este aspecto está igualado. Clinicamente, para aumentar-se a resitência ao desgaste, recomenda-se a aplicação semestral de protetores de superficiais, na manutenção ds restaurações de resina composta em dentes posteriores.
Quanto a resintência a infiltração marginal pode-se dizer que se a resina composta oferece vedamento adesivo, o amálgama apresenta a deposição de produtos corrosivos na inferface, o que também é uma opção protetora.
obviamente a técnica apara aplicação da resina composta é mais crítica e exige maiores cuidados, o que obriga o profissional a manter-se bastante criterioso nos passos clínicos. O tempo dispendido é maior e este fato também onera o custo do tratamento, especialmente porque é necessária a aquisição de um sitema de última geração.
A sensibilidade pós-operatória é um ponto que assusta alguns clínicos que já experimentaram a situação incomôda de terem seus pacientes reclamando quanto a isto.
A resina cmposta em molares não pode ser indicada indiscriminadamente, sem a aplicação de critérios bem definidos. Utilizando-se materiais de boa qualidade e um protocolo clínico correto, a vida útil das restaurações estéticas diretas é compatível com as exigencias.
(Luciola Rangel de Luca-Fraga e Ricardo Carvalhes Fraga)